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“Quanto a ser gay e ser de Jesus, uma coisa nada tem a ver com a outra; e no dia da Luz, quando os segredos dos corações se abrirem, eu estarei lá, e verei o quão perversos os “irmãos” foram com quem não teve a ventura natural de nascer gostando do que todos nasceram para gostar, embora haja anomalias na constituição da alma de alguns”.

CAIO, VOCÊ CRÊ MESMO QUE TEM GENTE QUE NASCE GAY?

Rev. Caio Fábio,

Primeiramente gostaria de dizer que sou apaixonado pelo modo que você escreve e que fala acerca do evangelho, e tenho acompanhado isto aqui no site, o que tem sido ótimo para mim e para os que me rodeiam.

O motivo pelo qual te escrevo é referente à carta na qual a moça “lésbica filha de pastor” pede a sua ajuda.

Eu concordo que a “igreja” deveria ser local de acolhimento e expressão do amor do Pai, e que nenhum homossexual deveria ser discriminado dentro da “igreja”, visto que todos nós pecamos e somos totalmente dependentes da graça de Deus e estaremos sempre sendo transformados.

Mas uma coisa me deixou com muitas indagações, é quando você fala sobre os homossexuais que já nascem neste estado, eu até hoje não acreditava nesta hipótese, visto que Deus criou homem e mulher para se relacionarem, sendo isto o natural, daí como pode uma pessoa nascer gay?

Seria algo contra a natureza das coisas, por isso acho isso muito confuso. Por que não vemos este tipo de “anomalia” entre os animais?

Agora como já disse acima, eu não concordo com discriminação e até mesmo pressão sobre a pessoa homossexual na “igreja”, pois devemos confiar na graça, pois existem coisas que são realmente difíceis de deixarmos, e às vezes nunca deixamos, já que somos de natureza pecaminosa

Os homossexuais não devem esforçar-se para sair deste estado?

Abraços de quem muito admira o seu trabalho,

Luciano Costa

………….

Resposta:

Amado Luciano: Graça e Paz!

Conforme eu disse à moça que me escreveu, se nós fôssemos reunir um congresso de filhos de apóstolos, bispos, pastores, mestres, presbíteros, diáconos — sem falar em muitos dos próprios pais, muitos deles casados, porém gays também, matando um leão por dia para dar conta do recado —, nós, sem dúvida, teríamos que ir para um grande ginásio de esportes, ou até para um pequeno estádio, um “Maracanãzinho”, a fim de comportar apenas a moçada imediata.

Isto porque aproximadamente 15% da população se declara gay. Ora, está provado que os índices estatísticos da “igreja” (fenômeno humano e histórico), não são em nada diferentes dos do resto da sociedade, o que numa população de uns 30 milhões de evangélicos faria com que uns 3 milhões de evangélicos sejam gays; gays enrustidos, trancados no armário pastoral; ou, muitas vezes, se promiscuindo mais que qualquer promíscuo, pois, não podendo se abrir, a pessoa acaba “fugindo” para encontrar gays, e, nesse caso, acham apenas os gays-pra-consumo, nas boates ou na internet; e, assim, escondem quem são na “igreja”, enquanto, em razão disso, vão se tornando os gays mais descontrolados da praça.

Assim, mais uma vez, a fim de coar o mosquito, manda-se o cara para uma dieta de camelos contaminados.

Tenho dito repetidas vezes neste site que conheço aqueles que nasceram gays (esses são gays de fato); os que foram feitos homossexuais (em geral são vítimas de sexo homossexual com gente mais velha na infância; e vicia, como qualquer outra coisa; posto que o primeiro estímulo erótico objetivo veio de uma relação homossexual, o que, muitas vezes, “fixa” o padrão das pulsões da pessoa naquela área); e os que se fizeram gays (normalmente nem gays são, mas, por razões distintas, “optaram” por aquela inclinação ou desejo mesmo).

Nesses três casos, o primeiro é de natureza “humanamente imutável”, tão imutável quanto as chances que eu teria de me tornar gay: nenhuma. Já na segunda perspectiva, a situação é reversível, não sem muito trabalho e esforço psicoterapêutico; tudo dependendo, é claro, da vontade que a pessoa tenha ou não de enfrentar a si mesma, na forma do vicio que se instalou. De fato, em geral, esses são os mais culpados, pois sabem que não nasceram gays, mas ficaram viciados no sexo por essa via. E, por último, há os que “optaram”, a maioria dos quais por escolha de prazer e por privilegiarem as sensações do sexo chamado “invertido”.

Ora, as duas últimas categorias (desculpe chamar de “categoria”, não há nada além de terminologia aqui) são reversíveis, isso quando a pessoa deseja muito que tal aconteça, mas, como disse, nunca sem muita luta.

Entretanto, esses dois últimos grupos, em geral, não querem “relacionamentos”, mas apenas sexo; posto que somente os gays-gays se apaixonam mesmo.

Portanto, para mim, depois de anos de observação e milhares de conversas, concluí que no geral somente os que nasceram gays se apaixonam e querem ter uma relação única, estável e monogâmica com o seu parceiro(a). Os demais, também em geral, querem apenas a transa. Daí haver sempre muito mais promiscuidade relacionada a esses dois grupos. Isso porque os gays-gays, mais do que sexo, eles querem é afeto, só que o único tipo de afeto que os inspira é de natureza homossexual.

Portanto, acredito na condição irreversível de gays-gays (a menos que haja um milagre que até hoje não vi). Mas creio na reversibilidade dos gays-feitos-gay e na daqueles que gostam de transadas gays apenas por diversão, mas que foi ficando algo fixo.

No primeiro caso, parar só se for por uma escolha de natureza celibatária, como muitos considerados “santos” o fizeram (embora Deus saiba suas lutas). Nesse caso, não há mais sexo, embora a sexualidade continue homossexual para sempre.

Já nos dois últimos casos, somente um forte desejo de reversão, e que não deve ser motivado por culpa moral, mas por identificação da verdade interior como sendo outra, a qual a pessoa precisa reconhecer como tendo sido desfigurada pelas más esculturas que se fez na alma, ou que se permitiu que fossem feitas na matéria da alma.

Você disse que eu falei que em alguns casos não se trata de uma opção. E é verdade, conforme acabo de admitir mais uma vez acima.

Como você me acompanha aqui no site, já deve saber que minha questão é outra, visto que não fui chamado para fazer reversões sexuais impossíveis, e nem tampouco enganar as pessoas vendendo tal mentira e impossibilidade. No entanto, como meu interesse é em saúde humana, psicológica e espiritual, sempre que ouço que alguém é gay, mas também gosta ou já gostou do oposto, então, minha consciência manda que tal pessoa busque mais fundo a verdade dentro de sua alma; e isso não por questões morais ou de danação eterna, mas sim em razão de que a vida abundante em Cristo só é possível quando a pessoa, em verdade, diante Dele, abraça quem ela própria é; deixando-se, daí para frente, conduzir pela Graça que põe tudo e todos em seus próprios lugares interiores.

Mas quando as pulsões sexuais são da mesma natureza consistente a vida toda, não há dúvida que tal pessoa é quem sente ser; e nada há a fazer a esse respeito, a não ser abraçar a alma com respeito, dignidade, reverencia, e amor próprio; levando todo o ser à presença da Luz, para, então, aprender a crescer na paz.

Creio que Deus quer que as pessoas sejam quem são no melhor do que elas podem ser, no conjunto de possibilidades que cada um tem e vive.

Quanto a ser gay e ser de Jesus, uma coisa nada tem a ver com a outra; e no dia da Luz, quando os segredos dos corações se abrirem, eu estarei lá, e verei o quão perversos os “irmãos” foram com quem não teve a ventura natural de nascer gostando do que todos nasceram para gostar, embora haja anomalias na constituição da alma de alguns.

A Bíblia condena na Lei um homem deitar com outro homem, assim como condena deitar com a tia, a prima, a parenta chegada, o cachorro, a vaca, a cabritinha, etc… Assim como também proíbe um monte de outras coisas, todas no mesmo contexto, variando apenas as “penas”, que poderiam ser de natureza apenas purificatória, passando pelo exílio, e podendo chegar ao apedrejamento.

No Novo Testamento há algumas denúncias feitas aos efeminados e homossexuais, do mesmo modo que há contra os fofoqueiros, os facciosos, os inafetivos, os mentirosos, os feiticeiros, os falsos profetas, e os hipócritas. Ora, todas essas coisas, se absolutizadas como comportamentos e atitudes irredimíveis, colocam, virtualmente, todos sob condenação (até porque as listas são bem mais extensas, e vão de coisas comportamentais a realidades apenas interiores, como o espírito faccioso e inafetivo: “sem afeição natural pelos pais”, por exemplo).

Portanto, duas coisas devem ser ditas:

1. Todos pecaram, e todos, igualmente, carecem da glória de Deus. E isto é absoluto.

2. As referências que Paulo faz em Romanos 1 às praticas romanas não podem e não devem ser aplicadas ao contexto do homossexual, mas apenas do “homossexualismo”, o qual, mais do que uma condição constitutiva (muitas vezes nem é), é uma escolha pela “putaria”, pela suruba, pela orgia, pelo bacanal (Baco), pela glutonaria, pelos swings, pela troca de casais, e por um estilo de existência no qual Sodoma e Gomorra haviam se tornado um “jardim da infância”. Acho uma perversidade fazer da análise “conjuntural” que Paulo fez de uma situação que se instalara como ideologia da perversão social e global, e aplicarem isto a um indivíduo simples, que não deseja a corrupção, nem ama a promiscuidade, desejando apenas um lugar ao sol.

Eu, todavia, creio que a Igreja tem que ser como uma Família cheia do Amor de Deus.

Nesse caso, pessoalmente, levando em consideração que o Projeto do Principio (Gênesis) tem a ver com a união de macho e fêmea, homem e mulher, julgo que a liderança da comunidade deve manter tal referência, embora, na igreja, deva haver lugar e espaço para todos, até porque não é papel da igreja se meter na vida de ninguém que não tenha pedido opinião, desejando apenas estar no lugar e ouvir a Palavra, como qualquer outro ser humano.

A Igreja não é o Espírito Santo, não é o Pai, nem o Filho, e nem a representante do Juízo de Deus na Terra; sendo seu chamado apenas para ser a proclamadora da Boa Nova de que Deus já se reconciliou com o mundo, em Cristo.

Seja qual for o caminho de Deus para a vida humana, saiba: Ele nunca acontecerá em nenhum chão que não seja Verdade.

Agora vamos às suas perguntas:

1. Uma coisa me deixou com muitas indagações, é quando você fala sobre os homossexuais que já nascem neste estado, eu até hoje não acreditava nesta hipótese, visto que Deus criou homem e mulher para se relacionarem, sendo isto o natural, daí como pode uma pessoa nascer gay?

Resposta:

Conforme já respondi acima, tais casos acontecem em várias perspectivas; há aqueles que carregam distúrbios hormonais desde sempre; há aqueles que nasceram com anomalias genéticas e até físicas, sexualmente falando (como hermafroditas); há aqueles que nasceram com um “aparelho psíquico” invertido, conforme inúmeras demonstrações. Eu mesmo acompanhei meninos que nasceram “psicologicamente meninas” desde sempre. E como já ilustrei muito este tema aqui, pedirei a você que leia tais respostas, posto que eu mesmo acho que já dei minha cota de opinião e esclarecimento acerca do assunto, conforme meu entendimento sincero.

2. Seria algo contra a natureza das coisas, por isso acho isso muito confuso. Por que não vemos este tipo de “anomalia” entre os animais?

Resposta:

O mundo animal não só está cheio de relações homossexuais, como também está cheio de seres mutantes, os quais mudam de sexo ou são andrógenos, sem falar que há criaturas que mudam de sexo conforme a necessidade ambiental.

Golfinhos e outros animais (especialmente mamíferos) praticam relações homossexuais com total naturalidade e com mais freqüência do que praticam as relações heterossexuais; as quais, quase sempre, só acontecem quando as fêmeas estão dispostas ao acasalamento. Do contrário, uma vez passada a “estação da procriação”, as fêmeas seguem juntas — com muita troca de carinho entre elas, enquanto cuidam dos filhos — e os machos prosseguem viagem, praticando sexo uns com os outros mar afora, até o tempo de encontrarem as fêmeas para procriar outra vez. Aqui, todavia, não “justifico” nada; mas apenas digo a você que a natureza está cheia de exemplos, ao contrário do que você disse.

Ora, o mesmo se pode dizer de muitos outros animais. Todavia, macacos são os mais frenéticos nessa liberdade; e diversas espécies vivem naturalmente esse tipo de coisa.

O que eu particularmente noto é que quanto mais “mamífera” é a espécie, mais comum é a homossexualidade.

O conceito de “anomalia” é algo muito moral para nós humanos. Veja: os leprosos já foram os grandes doentes físicos que carregaram o estigma moral de algo que nada mais era que “anomalia”, do ponto de vista médico. Mas até que isto ficasse claro (há poucas décadas), os leprosos continuavam a ser os amaldiçoados “leprosos”.

Até a “cegueira de nascença” foi interpretada como uma “anomalia” de natureza “moral”: “Quem pecou?” (Jo 9).

A resposta de Jesus diz que as “anomalias” são coisas “particulares”. Ou seja: Ele não nos deu uma “teologia do anômalo”, mas apenas disse que “naquele caso” aquilo tinha um propósito para o homem, não para a sociedade julgadora. E o interessante é que Jesus sempre trata caso a caso, coisa a coisa, e não dá mandamentos acerca das “anomalias”, exatamente porque as “anomalias” são “particulares”; e, portanto, cada uma delas merece um trato direto, particular, pessoal, e não universal.

O problema é que alguém nascer com Síndrome de Down, ou com desordens de natureza genética, ou de qualquer outra forma, não choca tanto, pois não atinge a área sexual como função ou desejo invertido.

Há dois grandes tabus acerca de anomalias no meio cristão:

1. O tabu da doença mental ou da disfunção cerebral, neurológica ou psíquica.

2. O tabu das anomalias sexuais, as quais são sempre vistas como se via o antigo “leproso”.

Homem e mulher foram feitos um para o outro, e esse é o ideal de Deus para a vida humana.

No entanto, há homens que nascem desejando uma mulher, mas o pênis é anômalo (pequeno ou monstruosamente grande); há aqueles que querem casar, mas são doentes fisicamente; e há aqueles que desejam se unir a alguém, mas, por um grave defeito físico, acabam sozinhos. O que é isso? Não é anomalia? Não está presente na natureza?

Ora, este mundo é caído; e, nele, crescem “cardos e abrolhos” (conforme o Gênesis), o que é uma simbolização das mutações e das anomalias que invadiriam a vida no “Jardim” que um dia a Terra foi.

Meu irmão, minha consciência em Cristo me manda crer como creio e dizer o que digo; posto que sei que num mundo caído, o principio é o seguinte:

Foste chamado livre, não te tornes escravo de ninguém; foste chamado sendo escravo, aproveita a oportunidade da libertação se ela vier. Mas se não vier, faze o melhor que tu puderes da vida que tu tens. Cada um ande conforme foi chamado!

Esta é a síntese do que Paulo ensina em I Coríntios 7.

O mesmo se vê quando Paulo anuncia o ideal em Cristo de que não há mais sexismos (homem e mulher), nem mais etnicismos (judeu, grego, bárbaro, cita, etc…), nem carmas sociais e econômicos (escravo ou livre); posto que em Cristo, todos são Um. No entanto, mesmo crendo assim, Paulo faz “gestão do mundo real”, visto que o ideal não chegou como real ainda; de tal modo, que se deve buscar o ideal, mas, enquanto isto, deve-se fazer gestão sábia do mundo real, onde pessoas reais, com situações reais, existem, vivem, sofrem; e, muitas vezes, estão totalmente presas, e sem alternativas que lhes sejam divisadas.

Desse modo, mesmo crendo que não deveria haver sexismo, etnicismos, ou carmas sociais e econômicos, Paulo recomenda que os “senhores” tratem bem os “escravos”; que os “escravos” trabalhem de coração servindo a seus “donos”; que os “diferentes etnicamente” se aceitem; e que as mulheres não sejam escandalosas no exercício da liberdade que em Cristo já “tinham” (naqueles dias), mas que não era ainda algo assimilado como “costume social” — Paulo usa essa palavra: costume; em I Coríntios de 10 a 14.

Ora, é também por essa razão que ele manda que os bispos sejam maridos de uma só mulher. E por quê? Ora, nas sociedades onde ele pregava, havia muita gente vivendo e possuindo não só mais de uma mulher, mas, também, mais de uma família. Então, o que ele faz? Ora, ele acolhe tais pessoas, conforme vêm, porém, recomenda que a liderança da igreja aponte na direção do ideal monogâmico da Escritura; daí, quem já veio com o problema, mas foi “chamado” pela Graça assim mesmo, que seja acolhido; porém, como suas vidas já estão marcadas por uma situação não ideal e, todavia, irreversível, Paulo então recomenda que do meio de tais contradições a liderança não seja escolhida; e isto apenas porque a verdadeira Igreja acolhe quem vem e como vem, mas aponta o sentido ideal quando apenas escolhe para ser bispo aquele que é casado de modo monogâmico.

Esse é o espírito de Paulo no trato das “anomalias da existência”.

Dê graças a Deus que você não tem em casa um filho ou parente amado que nasceu gay (poderia ter sido cego de nascença). Isto porque, meu irmão, se isso lhe acontecer ou acontecesse, na mesma hora você entenderia sem hesitação o que eu estou dizendo; posto que somente os duros de coração, ou os que só vêem o problema de longe, em gente que nem existe para eles, é que pode achar que o modo de tratar a questão e acolher as pessoas pode ser diferente, e, ainda assim, ser conforme o espírito do Evangelho.

O que Jesus disse dos eunucos serve também para os gays: uns nascem, outros se fazem, e outros são feitos!

E que ninguém pense de mim nada além do que aqui digo.

Reconheço, no entanto, estudando a história, que há “surtos” de nascimentos gays, escolhas gays, e formações e condicionamentos gays de tempos em tempos na história humana; especialmente do ocidente.

Também creio que uma das razoes pelas quais há mais gays no ocidente do que no oriente, assim como há mais gays urbanos do que indígenas, revela que além de casos de “anomalias”, há, sobretudo, a favorabilidade do ambiente cristão ocidental, o qual, pela moral neurótica, e pela fixação também neurótica na questão sexual, acabou por se tornar no maior viveiro de gays da Terra; tanto de gays-gays, como também dos “produzidos”; e, sobretudo, dos que se entregaram à orgia; fato esse muito mais comum no ocidente cristão e sexualmente compulsivo do que em qualquer outro lugar da Terra.

Esta é minha opinião!

E faz tempo que vejo, observo, estudo, lido, e me apiedo de tais situações!

Espero lhe ter sido útil!

Receba meu carinho!

Nele, em Quem todos são filhos quando o amam como Pai,

Caio

………………….

Leitura complementar:

E JESUS AMOU O EUNUCO.

Por isto:

Mandou que um anjo falasse a Filipe, dizendo: Levanta-te; e vai na direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto.

E Felipe levantou-se e foi…

E eis que um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, regressava para casa, e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías.

Ora, a relação dos etíopes com o Deus de Israel é antiga, e remonta há séculos antes da vigem que aqui se descreve.

Enquanto Felipe ia, disse-lhe o Espírito Santo: Corre a acompanha aquele carro.

E correndo Filipe, ouviu o eunuco lendo o profeta Isaías; e perguntou-lhe: Entendes, porventura, o que estás lendo?

Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse.

Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como fica mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim Ele não abre a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? porque a sua vida é tirada da terra.

Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro?

Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus.

E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água. Então disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?

Disse-lhe Felipe: É lícito, se crês de todo o coração.

E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.

Assim, mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe batizou o eunuco.

Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco, que jubiloso seguia o seu caminho.

Mas Filipe achou-se em Asdode e, indo passando, evangelizava todas as cidades, até que chegou a Cesaréia marítima.

 

Um eunuco. Mais um. O segundo mais importante da Bíblia. Ambos são negros.

Sim! Existem duas histórias explicitas de Eunucos na Bíblia, e em ambas eles são etíopes e negros; assim como ambos são oficiais da corte real. Em Jeremias 38, temos um Eunuco etíope que salva a vida de Jeremias. Outro Eunuco etíope, em Atos 8, é batizado por Felipe.

Negros e eunucos não é uma combinação rara. Afinal, os negros sempre foram os primeiros s serem castrados sempre.

No entanto, sem analogias, um eunuco, como diz a Wikipedia, é um homem cujos testículos foram removidos por orquiectomia ou são congenitamente não-funcionais. A remoção de toda a genitália externa masculina é denominada emasculação. Excepcionalmente praticada, a penectomia (também conhecida como falectomia) é a retirada apenas do pênis. Eunucos podem ter essa condição em virtude de problemas congênitos — devido ao mau desenvolvimento testicular na vida fetal, originando vários graus de baixa virilização e mesmo pseudo-hermafroditismo — ou por decorrência de intervenções externas: castração. Entretanto, há aqueles que nasceram eunucos (com anomalias de virilização, embora com a presença de pênis). O mais antigo registro de castração intencional para criar eunucos vem da cidade suméria de Lagash no século 21 a.C. mas foi muito praticado na Ásia, sobretudo na China antiga. Na índia são conhecidos como hijras.

Jesus fala sobre três tipos de eunucos: “Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Mas nem todos estão aptos para isto.” (Mt 19:12)

Pode-se assumir que Eunucos “que pelos homens foram feitos tais” são aqueles que foram castrados. Aqueles que “a si mesmos se fizeram eunucos” são voluntários da castidade; ou celibatários.

O eunuco da história de Atos 8, narrada acima, pode ser alguém que nasceu eunuco, embora muito provavelmente tenha sido feito eunuco pela castração a fim de cuidar da rainha da etiopia e de seu tesouro. Era normal em muitas culturas antigas e, em alguns lugares, honroso entregar-se a tal papel.

De qualquer modo um eunuco era um ser sexualmente não funcional, quando não era disfuncional.

Na história narrada o que espanta é o carinho de Jesus por esse homem sem pênis.

Um eunuco. Um anjo, uma ordem a um diácono, uma estrada deserta entre Jerusalém e Gaza, um carro oficial, uma longa viagem até ao outro lado do Saara… — um negro lendo a Escritura, piedoso em seus desejos, voltando de adorar em Jerusalém, onde adorara a Quem ainda não conhecia, embora sempre tenha sido plenamente conhecido…

Felipe. Uma voz, uma direção do Espírito, um ato de obediência no meio do nada, e um carinho de Deus se estabelece em favor de mais um ser solitário.

Um homem sem pênis é objeto de um carinho divino que move anjos e homens. Um homem negro é servido por instrução do amor do Espírito por um dos diáconos da Igreja em Jerusalém.

No Espírito Santo diáconos verdadeiros servem a todos e em todos os caminhos, especialmente nos desertos.

Ora, eunucos sempre foram obejto de preconceito pelos judeus, que não se castravam.

Assim, a pergunta do eunuco a Felipe quando ambos vêem água [no rasissimo ribeiro que ali corre até hoje] não é nem um pouco retórica, como nós a ouvimos hoje, depois que o eunuco virou apenas o primeiro Oficial Real a se converter.

De fato o eunuco temia que ele, à semelhança do que a ele mesmo acontecia na adoração no templo em Jerusalém [entre os judeus], fosse agora também objeto de descriminação quanto ao rito do batismo.

Na realidade um eunuco que não fosse Oficial Real não seria nem mesmo mencionado entre nós, ainda que sua história estivesse em Atos. Mas não se diz em Atos que o homem era primeiro um oficial, mas sim que ele era eunuco e etíope.

Então disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?

Disse-lhe Felipe: É lícito, se crês de todo o coração.

E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.

Assim, mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe batizou o eunuco.

Ora, e se Felipe cresse mais na moral judaica do que na Palavra do Evangelho e na Voz do Espírito?

Na realidade Felipe foi o primeiro a pregar a um indivíduo pagão na narrativa dos Atos dos Apóstolos.

Deus sabe quem envia…

Afinal, na casa de Cornélio, que era romano e poderoso, sendo também piedoso, Pedro, mesmo tendo recebido visões e instruções, ainda lá chegou cheio de relutâncias. Mas Felipe não teve titubeios. Correu atrás… Ouviu. Creu. Subiu no carro. Esclareceu. E sendo indagado, apenas disse: É lícito se crês…

O fato é que somente uma comunidade de Felipes estaria preparada para receber o capado.

E entre nós?

Ora, há quem pregue até para travestis. Mas e se o individuo diz “eu quero”, onde ele encontra Felipe amanhã? Em que endereço ele será recebido? Em que “igreja” o capado seria tratado sem discriminação?

Deus, porém, ama o castrado. E mobiliza céus e terra a fim de iluminá-lo no que ele vinha lendo e buscando.

Por que Jesus apenas não enviou um anjo ao caminho do castrado? Ou por que o Espírito não lhe revelou tudo? Por que Felipe?

Com certeza nem tanto pelo eunuco, mas completamente por Felipe e por nós.

De fato, Lucas, o escritor de Atos e discípulo de Paulo, vai incluindo histórias lentamente no texto até chegar à conversão de Paulo, e, depois, à conversão de Pedro na Casa de Cornélio; posto que Pedro foi à casa do centurião para ser mais abençoado do que o militar romano; pois, os lençóis que desceram na visão de Pedro exortavam a Pedro, e não a Cornélio. Cornélio foi salvação para Pedro.

O objetivo de Lucas era, portanto, elevar a sinfonia dos Atos até a nona [capitulo 9] e a décima [capitulo 10].

E a razão éramos nós…

O eunuco entra na história por ser a melhor ilustração da liberdade de Deus para amar a quem deseja contra todas as opiniões humanas.

Mas nós aceitamos esse amor de Deus por todos os homens, mesmo?

Ora, se o anjo dissesse a muita gente quem seria o “alvo” da ação, eu mesmo conheço muitos que antes de obedecerem perguntariam: “Mas e ele irá para uma igreja depois? Qual o propósito?”

E se depois de um tempo o eunuco dissesse que o Espírito o havia chamado para o ministério da Palavra? Você ordenaria o castrado? Ou imaginaria que tendo trabalhado como eunuco tantos anos, quem sabe?… Confiaria seus filhos a ele? Ou estaria o eunuco na melhor das hipóteses fadado a ser apenas tesoureiro de mulher? Assim, tipo: “cabeleireiro de crente”? Ora, há muitos; e, muitas vezes, são mais homens do que os maridos das mulheres que com eles se embelezam.

Deus, porém, ama o eunuco. E mostra esse amor através de Felipe, o qual é curado sabe Deus de quê quando não hesita em amar a quem Deus amava.

Quando a gente ama a quem Deus ama, em tal obediência muita coisa se adianta em nossa vida. Por isso Felipe “viaja” dali para Asdode, terra de Filisteus no passado. Parece ser Deus insistindo em roteiros pagãos ao evangelista. Por isso Felipe vai sendo levado aos endereços do amor de Deus, e, agora, Asdode era um deles.

O eunuco, no entanto, não voltou para Jerusalém, pois, para ele, agora, tanto faria onde adorar, desde que fosse em espírito e em verdade. Por isso ele segue em jubilo o seu caminho. Afinal, se Deus tem um caminho especial para quem carrega pênis, por que Ele não teria um caminho especial para quem como um anômalo não o possui?

Só que assim como nem todos estão aptos a se fazerem eunucos por amor ao reino, muito menos gente ainda se dispõe a receber eunucos nos “reinos de Deus” governados pelos homens.

Pense nisso!

Caio

11/09/07

Manaus

AM

 

No Divã de Deus

No curso online No Divã de Deus, o Rev. Caio Fábio expõe Salmos para tratar os conflitos psicológicos comuns a todos nós.

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4 Comentários

  1. Que lindeza de ensinamentos meu queridos Simone Caio…TeAmo!

    Responder
  2. Tiago dos Santos 29/03/2023

    Graças a Deus por nos presentear com pessoas sábias e cheias do Espírito como o Rev. Caio Fábio!

    Responder
  3. Gleydson 29/03/2023

    Minha mãe se distância dos gays e lésbicas com medo de se contaminar por eles serem assim, apesar de concordar comigo que eles podem ser infitamente mais legais do que os da igreja.

    Responder
  4. Fabio Menen 16/08/2023

    Caio Fábio é muito sábio nas palavras.

    Responder

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