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Jesus é Deus, Doido ou Diabo. Não dá pra ser “mestre iluminado”.

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“Jesus disse que Era O Caminho, A Verdade e A Vida. Disse que Ele e o Pai eram Um. Disse que Ele era a Luz do Mundo… Um cara que diz tais coisas, ou é o que diz ser — Deus absoluto —, ou é o Doido Cósmico, ou, seria tão enganoso em Sua serena objetividade narcisista de atrair toda atenção do mundo para Ele, que seria o papel de um Grande Usurpador…no caso, o Diabo”.

CAIO, E COMO FICARÁ O SEU JESUS NA ERA DE SAN GERMAN?

Quando acabei de pregar há uns três anos, após atender uma fila de pessoas, chegou um senhor de uns 60 anos, vindo de outro estado, e que fora lá à convite de uma amiga.

—Gostei muito daqui. Eu sou espiritualista, e tenho uma visão esotérica da vida. Quando fui entrando senti a energia…forte…poderosa. Quando sua prédica começou senti a força de seu poder…que energia!…e fiquei maravilhado com sua filosofia…que clareza!

Reconexões

Eu ouvia a tudo sem dizer palavra…apenas sorrindo com simpatia. Se ele parasse ali, ali o assunto ficaria. Não acredito que polemicas ajudam ninguém. Prefiro deixar o individuo pensar o que quiser, e gosto de vê-lo livre para vir e vir…até que a ficha cai…e com ela, ele já cai dentro…para receber o abraço da Graça.

—Onde entra a reencarnação em sua filosofia espiritual?—me perguntou.

—Não entra!

—Como não entra?

—É que é uma coisa muito antiga, muito tola, e é pensada com categorias de pensamento que não cabem mais; não cabiam em minha fé antes, e hoje não cabem nem no que a ciência chama de universo.

—Como? Não estou entendo!

—É que o tema, tratado de modo filosófico e religioso, é pura besteira. Foi “inventado” no tempo em que a eternidade era pensada como diferente do tempo apenas porque seria um tempo-sem-fim. Tudo o que existia em tão era a noção linear de tempo.

Então, para purificar alguém ou punir alguém…as imagens eram todas relacionadas ao tempo…tinha-se que purgar pecados com o tempo de sofrimento; ou tinha-se punir alguém que fosse “mau” deixando a pessoa no tempo-sem-fim em punição.

No seu caso, tinha-se que voltar a nascer em fases diferentes da história para poder haver remendo para os equívocos anteriores….sendo que o curado, tinha, na melhor das hipóteses, apenas pulsões inconscientes de suas existências anteriores…e pelas quais estava sofrendo de volta na terra…tendo que aprender da própria ignorância…para sempre. Hoje em dia já se sabe que na estrutura da própria matéria, existem coisas que não estão vinculadas à linearidade do tempo-espaço.

—Você fala de quê?

—Falo que toda essa conversa de reencarnação é primitiva demais…não subsiste ao conceito de eternidade, pois não sobrevive num “ambiente” onde o tempo e o espaço não existam…e a Consciência é um fenômeno muito mais para o quântico do que para a linearidade do tempo.

—Desculpa!!! Como???

—Ora, se a própria física quântica nos põe diante da possibilidade em que a realidade se manifesta também “fora da linearidade espaço-tempo”; então, por que se a própria matéria pode escapar a tal “prisão”, como a Consciência, teria que ficar presa a essa sucessão de reencarnações nas quais nascesse esquecido…a fim de curar justamente aquilo do que não se tem lembrança?!

Meu querido, se eu fosse de sua crença, com certeza, reencarnacionista eu não seria jamais…se não fosse por descrer da “filosofia e de sua psicologia” reencarnacionista….seria por uma simples questão de não ver o tempo-espaço com qualquer semelhança com eternidade…onde a Consciência pertence. Mas isto é só para começar. O problema mesmo é outro!

—Que outro problema?

—Ah, é o Cordeiro imolado antes da fundação dos elétrons, dos nêutrons, e outros entes da mesma família ou de qualquer energia pré-existente às formas que conhecemos.

Um Deus que se sacrifica pela criação antes de criá-la, não precisaria de um método tão estranho e contraditório com a responsabilidade de criador e redentor que ele assumiu antes de criar. Ou seja: antes de criar Ele mesmo redimiu o que criaria…

—E quem é esse Cordeiro Metafísico? É Jesus? E os outros, como Buda, Confúcio, Zoroastro, Sócrates, e muitos outros iluminados?

—Ora, esses foram apenas caquinhos de espelho refletindo, embaçadamente, luz que vem do Cordeiro, que na História humana é Jesus.

—E por que só Jesus?

—Ah, é porque Ele não nos deixa muita alternativa. Ou Ele era Deus, ou Doido, ou o Diabo!

O homem ficou me olhando com a cara mais chocada deste mundo!

—Não! Ele era um espírito de muita luz!

—Não! Ele é a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem. Os “outros” que você mencionou eram “caquinhos de espelho”, refletindo, com a luz que perceberam, algo que fosse elevado, mas eles mesmo não conheceram a plenitude dessa Luz, que é Jesus.

—Mas que coisa é essa de Jesus ser Deus, Doido ou o Diabo?

—É a diferença entre Ele e os “outros”. Os “outros” podem apenas ser mestres buscando luz, e ensinando, com toda boa vontade, um caminho de melhor consciência para os que os rodeavam.

Mas Jesus não se botou nessa posição neutra. Ele disse que Era O Caminho, A Verdade e A Vida. Disse que Ele e o Pai eram Um. Disse que Ele era a Luz do Mundo…—e desferi a monte de textos dos Evangelhos sobre ele.

E concluí: “Um cara que diz tais coisas, ou é o que diz ser—Deus absoluto—, ou é o Doido Cósmico, ou, seria tão enganoso em Sua serena objetividade narcisista de atrair toda atenção do mundo para Ele, que seria o papel de um Grande Usurpador…no caso, o Diabo.

—Mas você sabe que a Era de Peixes—de Jesus—está acabando. E virá a Era de San German… Será outra luz! Onde Jesus vai ficar nessa nova era?

—Ele ou é Deus, ou Doido ou o Diabo!—foi minha única resposta.

—Mas por quê?

—É que outra vez Ele não foge dessa categoria em nenhuma era… Ele disse Eu Sou o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim. Onde o você o colocaria nessa nova era?

Ele ficou em silêncio…

—Meu amigo, o lugar dele é sobre todos e sobre tudo. Lembra dos magos que vieram do oriente para adorá-lo? Aqueles magos prefiguravam o que Buda, Confúcio, Zoroastro, e todos os Gandhis da Terra farão.

Olhe amigo, aqui nós estamos diante de uma de-cisão. Ou Ele é Deus, ou escolha uma das outras duas opções. Ele não faz parte de nenhum eon. Todos os eons estão Nele. E Ele está sobre tudo. E não esqueça: Ele se deu por Sua criação antes de criar. Então, todos estão sob essa Graça.

Um dia os olhos de todos serão iluminados, inclusive dos cristãos, que hoje tratam a Jesus como o Chefa da Religião Certa, embotando a radiância de Sua Luz.

—E o que é Nascer de Novo?—indagou.

—É o que pode acontecer com você Hoje, não numa outra encarnação. Nascer de Novo é, por exemplo, deixar sua Consciência nascer para essa Luz-Fé, Agora.

—E isto pode acontecer muitas vezes?

—Sim, todos os dias. Metanóia. Arrependimento. Mudança de mente. Um processo sem fim de renovar o entendimento Nele. E isto é algo que quem sabe está acontecendo com você hoje a noite!

O homem ficou calado, me olhando com estupefação. Então, dei um beijo nele e disse para ele voltar quando estivesse de passagem pela cidade; ou que fosse ao site.

Senti que ele saiu dali com muito para pensar, sobretudo porque viu que minha fé não compete com a crença dele, mas apenas a trata com misericórdia. Para mim isso ficou claro no olhar dele.

Obviamente que o papo ao vivo foi mais sofisticado, criativo e provocativo; mas este é o esboço de nosso encontro.

Caio

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Leitura complementar:

O SENHOR DE SIDARTA, SÓCRATES, FREUD, JÜNG E QUEM QUISER.

Os gregos nunca pensaram o amor como felicidade sem dor. Suas tragédias pereciam revelar que sem dor ninguém ama e nem vive; mesmo que por isto morra a morte dos amantes da vida que é vivida por amor.

“Tragédia grega!” — dizemos nós do que é amor impossível ou extremamente doído.

No entanto, justamente por esta razão o sentido de amor apaixonado foi objeto de pânico por parte deles. Estar apaixonado era estar louco; algo a ser evitado a todo custo; pois seria por tal entrega à loucura do amor que a pessoa experimentaria a tragédia; pois, para eles, amor era mais desejo e obsessão de posse do que qualquer outra coisa; apesar de Sócrates e Platão terem ensinado outra coisa.

Muito tempo antes dos gregos fugirem da paixão por estarem apaixonados pelas suas tragédias, houve um homem, chamado Sidarta, que vivia num lindo palácio.

Seus pais queriam criá-lo longe das visões trágicas da existência. No entanto, um dia, ao ver pela primeira vez a vida que acontecia fora dos muros do palácio, o jovem Sidarta decidiu que conheceria aquilo de que tentavam poupar sua existência.

E o que ele viu foi dor. Muita dor na existência. E nunca mais foi o mesmo. De fato, ofereceu seu ser à tarefa de descobrir um modo de diminuir a dor humana; depois é que alçou vôos mais altos, e percebeu a necessidade de “iluminação”.

No inicio, para ele, a equação era simples: as pessoas sofrem porque desejam; e desejam porque dão supremo valor à sua pessoalidade; assim, quanto mais pessoalidade apaixonada, mas dor haverá; e quanto menos disso houver, menos dor se manifestará na pessoa.

Desse modo, o caminho de uma vida com ausência de dor, o que já seria felicidade, seria a via da diminuição da pessoalidade; a qual, só perderia seu poder se fosse derrubada pelas privações auto-impostas: como jejuns, desconfortos, mendicância, exposição às forças da natureza, e a aceitação resignada de todas as coisas.

E por essa via Sidarta andou até à exaustão total. Foi apenas depois de muita meditação e conversas com pessoas de outras linhas e buscas, que ele apareceu com o “caminho do meio”, do equilíbrio, da harmonia, da moderação e do autocontrole; porém, sem as polarizações e radicalizações praticadas por ele quando escolheu sua primeira via.

Entretanto, nem “o caminho do meio” o salvou do Nirvana, do Absoluto Impessoal, do Mar Eterno; pois, para ele, felicidade absoluta só poderia acontecer com a dissolvência total do ser no todo Existente, o qual, para ele, não era um Ser, mas um Tudo-Nada-Eterno.

Daí, para mim, o Budismo não ser uma religião, originalmente falando, mas tão somente uma espécie de Psicologia do Profundo. Os seguidores de Sidarta, assim como os de Jesus, é que fizeram a perversão chegar ao seu clímax: o surgimento de uma religião.

Assim, falando já em Psicologia, dando saltos milenares, chegamos ao modo moderno de sentir o amor, a dor, a culpa, o medo, e outros monstros mais, os quais fazem seus ninhos no coração humano.

De fato, seja qual for a linha terapêutica adotada, em suma, a psicologia e a psicanálise existem com a finalidade de ajudar o individuo a compreender de onde procedem suas dores, na esperança de que livre delas como assombrações, a pessoa encontre seu caminho de melhor existir. Não há uma proposta de felicidade na Psicanálise ou na Psicologia, mas há uma declarada esperança de alivio.

E, dado ao modo como certos psicoterapeutas se tratam, e trama a ciência da alma que elegeram, pode-se dizer que, em muitos casos, tanto a Psicanálise como a Psicologia, são religiões da “Psique”.

Entretanto, como o século passado foi o século do analgésico e das drogas de alivio da dor, apesar da resistência inicial dos profissionais de linha mais psicologizada quanto à recomendação de medicinas químicas para seus pacientes, com o passar do tempo, e a pressão dos pacientes, quase toda terapia se faz acompanhar de algum alivio químico recomendado por algum psiquiatra.

Assim, seja fugindo da dor pela fuga do amor; seja fugindo da dor pela evasão parcial da realidade ou da pessoalidade; ou seja fugindo da dor tentando fazer as pazes com os monstros interiores; ou mediante o alivio químico, todos nós tentamos fugir da dor.

Ora, do ponto de vista do Evangelho, nenhuma das coisas acima mencionadas carrega o Caminho; mas, no máximo, uma via paliativa; mas que, pela Verdade de Jesus, ainda assim teriam que ser chamadas de vias de evasão da realidade.

O Caminho de Jesus no que se relaciona à dor, a partir do principio de que este mundo é um mundo de dores, já se tratava de algo que era; era algo auto-explicado. Pronto e ponto; sem maiores explicações.

Afinal, para Ele, a existência era a explicação. Da mesma forma, Ele trata a constituição do ser humano como pervertida pelo egoísmo, e manda que o “si-mesmo” seja morto e crucificado.

Entretanto, tal chamado à morte do “self glorificado” pelas fantasias das construções humanas, não equivalia a uma convocação a nenhum tipo de evasão da realidade, pois, é a Verdade-Realidade, o poder que liberta.

Assim, para Ele, o que teria que morrer era a fantasia. Em Jesus não há truques.

Em Jesus não há mágicas, nem nos Seus milagres. É por esta razão que Ele chora diante da morte de um amigo e também ante o futuro de morte que aguardava Jerusalém. Também em Jesus o amor não tem que ser evitado; embora as paixões precisam ser educadas no amor verdadeiro; que é aquele que se dá.

Nele, também, banquetes não são evitados e casamentos devem ser celebrados. E o mais chocante de tudo é que Ele, que manda negar o “si-mesmo”, não tem nada contra o verdadeiro eu; dizendo de si mesmo a toda hora algum tipo de “Eu sou…”

Assim, para Ele, é com a morte do “si-mesmo”, que é feito de ilusões, que o eu ressurge limpo e livre pela verdade-realidade.

Para Jesus, quando chega à hora da dor, ela tem que ser enfrentada, não evitada. Ele evita todas as dores desnecessárias, mas quando “é chegada à hora”, Ele mesmo sabe para onde andar. E isso não sem medo, pânico, dor, pavor, suores de sangue… Mas enfrenta… E vai…

E, ao final-eterno-começo, Ele não entrega seu ser ao Nirvana, ao Tudo-Nada, mas ao Pai; e ainda sabe dizer ao que sofria ao lado Dele, que naquele mesmo dia, a pessoalidade seria mais que pessoalidade, mas individuação plena (Paraíso); mostrando até o fim que não é a evasão da pessoalidade ou a fuga do amor ou ainda a compreensão do sentido da dor, o que salva, mas sim a confrontação da realidade, com a coragem de suar de modo não-zen, e de gritar as dores de quem às sente. Porém, em total amor confiante em Deus.

E tudo isto com a paz que Sócrates apenas sonhou em conhecer, e com a leveza que Sidarta na maior iluminação autodissolvente ainda não havia alcançado, e sem crises com o Pai por estar vivendo aquela Hora, como Freud ou Jung.

Aqui o filho freudiano não mata o pai; o pai-deus grego não mata o filho; e o eu não se dissolve como em Sidarta; porém, é o Pai quem dá o Filho; é o Filho quem se dá voluntariamente; e o Pai e o Filho são Um; não um Tudo-Nada.

Em Jesus nada é objeto de fuga, mas de toque transformador. Ele não busca o confronto, mas nunca foge dele. Ele abomina o narcisismo e o engano da luxuria embriagante, embora isso, para Ele, nada tivesse a ver com fato de rir, dançar, gargalhar, e ser bem-humorado, como bem humoradas são muitas de Suas falas e imagens, por vezes irônicas e até sarcásticas.

Sim, Ele não fica “zen” nem na hora de ser traído por quem comia de Sua mesa. Ao contrário, pede “pressa”.

Jesus é a pedra de tropeço para todos e é um golpe mortal no narcisismo de todos os humanos; pois, não se priva de nada e nem de ninguém; não foge da dor, antes vive para curá-la; celebra tanto a festa quanto a morte de um amigo com intensidades próprias; enquanto mandava tomar a cruz e segui-Lo, embora, no caminho com Ele, até a hora da cruz, todo andar foi na direção do que era vivo e humano; e feliz por apenas ser.

Seu modo de amar era diverso em seus aplicativos cotidianos, e variava de pessoa para pessoa, com toda propriedade. Ele ama tanto o “jovem rico” que o confronta até às vísceras; e ama tanto a “Samaritana” que pede dela o que Ele mesmo está louco para dar a ela: água. Ele vai de um “eu tão pouco te condeno”, para um “ai de vós fariseus”, sem dar explicações: a existência como ela é, e o coração que nela se faz sempre mostrar, já são a declaração filosófica.

E Jesus é assim tão diferente de Sidarta, dos gregos, dos Sábios da Alma, e de todos, não só porque Ele era Ele. Mas, sobretudo, em razão de que Ele era também a encarnação do paradoxo.

Sim, Ele ensina que se pode ser feliz chorando, que se pode alcançar o inalcançável andando em humildade (sendo sempre ensinável), que se pode ter sede de justiça sem ser infeliz, que pela mansidão se conquistar tudo em verdadeira felicidade, e que até as perseguições injustas devem ser motivo de regozijo pessoal.

Para Ele a questão não estava em lugar nenhum que não fosse o olhar. É pelo modo de ver e interpretar, e é pelo interpretar que é filho do amor que se vincula à certeza de que Quem está Acima e Dentro não é Algo, mas Alguém-Pai —, que o olhar se ilumina; e pela sua luz, toda dor vira riqueza; e toda perda trás ganhos; e toda injustiça trás gloria; e todo abuso se torna um uso divino; e toda morte já não mata mais nada; a não ser a dor que já não dói com amargor.

Somente em Jesus o homem pode ser inteiro para viver Deus por inteiro, sem ter que deixar de ser quem é, sem ter que se dissolver ou evadir-se do real; nem tampouco tem que entender ou achar explicações para nada; pois, para Jesus, não importava quem pecou (Ele não buscou nenhum culpado, pois culpados somos todos), se um cego ou seus pais; o que importava era voltar a ver.

E quando lhe puseram à ponta de um caniço algo que lhe aliviasse a dor, como naquele tempo era uma praxe, Ele não aceitou; pois decidiu viver tudo com toda pessoalidade e lucidez. Por isso perdoa enquanto morre; conversa enquanto geme; dá instruções de amor enquanto agoniza; fala de sede enquanto morre; Experimenta Tudo (Está Consumado); e não vê nenhum problema em ver amor no Pai apesar da dor.

É por esta razão que os outros, por melhores que tenham sido, o por mais honestos e sinceros que tenham sido em suas buscas e esforços, são salvos por Ele. Os outros são humanos buscando luz. Ele é a Luz buscando os humanos. Ou outros eram homens. Ele é o Filho do Homem!

E, como já disse antes, se entendo só um pouquinho da alma de Sidarta e dos demais que mencionei, em qualquer tempo, se tivessem com Ele encontrado, deixariam tudo, e, em silencio, o seguiriam gratos. Afinal, Ele é a busca de todos os homens sinceros!

NEle,

Caio

………….

Leitura complementar?

VOCÊ COMPREENDE A LINGUAGEM DE JESUS?

Por que não compreendeis a minha linguagem? é porque não podeis ouvir a minha palavra. – Jesus, João 8.

A verdade é mais simples que a simplicidade.

“Por que não compreendeis a minha linguagem? é porque não podeis ouvir a minha palavra.”

Ora, no contexto de João 8, tudo começa com a cena da mulher flagrada em adultério, a qual é salva do apedrejamento por uma única resposta-pergunta de Jesus.

Naquela ocasião eles entenderam a linguagem de Jesus. Entenderam em si mesmos, a partir do que criam sobre si mesmos. Sem “fé” ninguém entende linguagem alguma.

Depois, entretanto, Jesus lhes diz coisas que só poderiam ser discernidas a partir do pressuposto de que Jesus não era louco, mas Deus. Sim, porque o que Jesus diz só cabe entre o Doido e Deus.

Ele diz coisas de Si mesmo que são inconcebíveis. É acusado de fazer auto-propaganda, e a isso responde que Moisés dissera que se houvesse duas testemunhas, toda palavra se formava como verdadeira; e conclui: eu falo a verdade porque meu Pai da testemunho de mim.

“Quem é teu pai?” — perguntam eles.

Resposta: “Se conhecêsseis a mim, conheceríeis também a meu Pai”; e, assim, questiona todo o pressuposto da percepção deles. Afinal, Jesus era visível e perceptível; porém, para Jesus, havia um “Eu” que eles não conheciam, o qual, sendo conhecido, era equivalente a conhecer seu Pai.

Mas quem ousaria suspeitar que Ele não era louco, mas a própria Luz-cidez?

Quando indagado acerca do que dizia e do que intentava; ao dizer que não seria mais achado entre eles depois de um tempo — se era por que Ele se suicidaria ou por que iria ensinar aos gregos na dispersão; Ele apenas diz: “Vós sóis cá de baixo; eu sou lá de cima”.

Assim, quanto mais explica “em verdade, em verdade” menos é entendido. Pois era impossível compreender a linguagem sem crer na palavra Dele.

Assim, Ele diz: Por que não compreendeis a minha linguagem? é porque não podeis ouvir a minha palavra.

Ninguém jamais entenderá nada do Evangelho a menos que creia na Palavra de Jesus em razão de poder ouvi-la dando razão a Deus à priori.

E quem tem tal disposição a menos que seja tocado por uma revelação de amor divino?

E quem terá tal insight se já não tiver o coração propenso à simplicidade da linguagem do amor?

Se não for assim, a Linguagem de Jesus é incompreensível até para o mais refinado teólogo ou filosofo.

No entanto, quando alguém pode ouvir a Palavra, então passa a compreender a linguagem; e tudo fica mais que claro.

Você compreende essa linguagem?

Jesus é a linguagem.

Jesus Deus.

Deus Jesus.

Jesus Filho.

Deus Pai do Filho.

Filho de Deus.

EleEle = Um.

Se essa equação entra em nós por revelação, então, a linguagem é compreendida, pois a Palavra foi ouvida e crida.

Somente a fé que ouve, e ouve crendo, é que se capacita a entender a linguagem de Jesus, que é a linguagem de Deus.

Do contrario, como os judeus de então, a gente pensa que Ele está saindo para viajar ou para se suicidar.

Caio

21/08/07

Manaus

AM

Reconecte-se com Deus!

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