Não pare para ouvir fofocas, nem sobre os outros e nem sobre você!
“Não ponha o teu ouvido a ouvir tudo o que dizem, para que não ouças o teu servo amaldiçoar-te” — diz a Sabedoria do livro do Eclesiastes.
Mas quem é que não quer saber de tudo?…
Sim, especialmente do que se diga acerca da própria pessoa?…
Há um saber o que se diz que é necessário…; afinal, nenhum de nós se enxerga por completo [ou quase nada…], e, portanto, é sadio saber o que gente de bem e sóbria tenha a dizer sobre nós.
Entretanto, é aí que deve parar o interesse!…
Sim, pois ouvir tudo e todos é loucura, posto que as impressões das pessoas frequentemente se fundamentem em fantasias decorrentes da inveja, da transferência ou das próprias projeções pessoais de cada um sobre os outros…
Ninguém deve julgar ninguém, nem quando a pessoa se mostra por inteiro…
No entanto, há âmbitos nos quais não se pode escapar do que se perceba [e aí se tem que dizer…], como também não há como escapar de se ser interpretado pelos outros… [especialmente pelos que não nos conhecem] — em ambos os casos, no entanto, tem-se que dar ouvidos ao que proceda e esquecer o que não proceda.
A Sabedoria manda ouvir os pais, os amigos sinceros, os mais velhos, às circunstâncias, e, sobretudo, à Palavra da Vida!
Este é o circulo de saúde que se deve ter e a ele se deve dar ouvidos, com humildade e atenção sempre; pois, mesmo quando estão enganados, o que dizem é por amor e visando o nosso bem.
Há muito que parei de ouvir tudo o que dizem…
Entretanto, dou graças a Deus pela minha mãe, que, mais do que meu pai, muitas vezes me confrontou já adulto; sendo que as últimas vezes foram quando do meu divórcio [ela tinha uma opinião sabia, que eu não ouvi…], e, depois, em 2005, quando me escreveu uma carta me dizendo sentimentos dela sobre a minha alma, o que me fez muito bem; embora, em algumas coisas, eu julgasse que ela não estava 100% certa.
Mas e daí?…
Afinal, as feridas feitas pelo que ama sempre produzem bom fruto no coração do filho que deseja ser alegria para sua mãe.
Assim, digo a você:
Não pare para ouvir fofocas, nem sobre os outros e nem sobre você!
Todavia, mesmo que doa, ouça os que amam você; pois, mesmo quando equivocados, tais equívocos são apenas fruto do amor corajoso e que busca corrigir a quem se ama.
Se o que digo for bom para alguém hoje, amanhã ou depois, que se faça bom proveito então…
Só sei uma coisa: viver assim faz bem ao espírito de todo homem!
Nele,
Caio
14 de agosto de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
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Leitura complementar:
LÍNGUA AMARGA…NINGUÉM BEIJA
Língua todo mundo tem.
Mas qual o seu significado mais freqüente em nossas vidas?
Qual é a história da língua?
Qual a história de sua língua?
Quais as histórias que sua língua afirma, cria ou patrocina?
Aqui fica a fala apostólica sobre o assunto:
Ora a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno—Tiago 3:6
A língua…
É fogo…
É mundo iniqüidade…
Contamina todo o corpo…
Põe em chamas a carreira da existência humana…
É posta em chamas pelo inferno!
Decida agora você como usar sua língua: ela tem o poder de acabar com a vida do próximo, mas garanto a você: você irá junto para a desgraça…do inferno.
Inferno na alma.
Todo ser que vive de usar a língua para destruir o próximo—a gente disfarça bem a maldade como “fofoca”—jamais conhecerá felicidade e paz.
Tiago, o irmão de Jesus, é quem fala sobre isto sem nenhuma dúvida.
Você irá duvidar?
Caio
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Leitura complementar:
LÍNGUA ENFERMA: a sua, a minha, a nossa!
Já me curei de muita coisa na Graça, e muito mais há a ser sarado em mim.
No entanto, de tudo o que se deve buscar, o mais importante é que, pelo amor, se aprenda a controlar a língua e seus juízos amargos ou suas tolices inocentes.
Tiago, o irmão de Jesus, disse que a língua é o mal maior do mundo.
Sim! Por ela vidas são destruídas para sempre, sem falar que é também pela língua que destinos são mudados para pior, que ódios se estabelecem como “honra e razão”, que mentiras deliberadas viram a “história do outro”, e isto sempre inflamando a alma com as chamas do inferno.
Hoje, busco como homem ver quais eram as coisas do tempo de minha juventude na fé, mas que eram virtuosas e genuínas, e, assim, busco recuperá-las na minha vida.
Sempre disse tudo o que pensava e cria, embora sempre respeitando a ocasião e os modos.
Entretanto, depois de 1994, meu cansaço ficou tão grande e minha desesperança tão aguda em dor e frustração, que, devagar, fui me tornando uma pessoa que vigiava bem menos a minha língua. Ora, foi o tempo em que entrei em negócios de outrem: o tal Dossiê Cayman.
Busco aprender a ouvir bem mais, a ponderar bem mais, e a não me sentir com necessidade de dizer nada.
Nunca entreguei segredos verdadeiramente a mim confiados; e é por isto que as pessoas confiam e me escrevem tudo.
Mas não é disso que falo. Falo mesmo é de exercitar isto em casa, no casamento, na família, entre irmãos, e em relação a tudo o que se sabe, mas que, em sendo dito, pode acabar com a vida de alguém.
E mais: não falo de confissões que nos sejam feitas, pois é óbvio que têm que ser preservadas sempre. Falo antes daquilo que brota como briga e como raiva, e que pode, em sendo ventado, acabar com a existência de um ser humano.
Não seja instrumento do inferno emprestando a sua língua para a maledicência!
Esta é a Lei do Amor e da Graça!
Tenho aprendido com a Palavra e com a experiência que não se deve dar a menor vazão que seja aos derrames das muitas opiniões sobre tudo e toda e qualquer coisa.
Quero, todavia, me tornar cada vez mais apenas aquele homem pronto para ouvir, e que é tardio para falar, e, por conseguinte, também tardio para se irar.
Em tal empreendimento espiritual o mais difícil é calar-se quando se sabe tanto, mas não é sábio dizer o que se sabe. Ou, sobretudo, quando o que se tem a dizer pode definir o destino de alguém, e, eu, como discípulo de Jesus, não fui chamado para fazer isto, exceto pela pregação da Palavra.
Grande, todavia, é a alegria daquele que segura a sua língua mesmo quando poderia vencer uma peleja mediante a confissão de um segredo do outro.
“Aquele que encobre a transgressão adquire amor” — diz o Provérbio bíblico.
Assim, amor é algo se adquire mediante o silencio que não se vinga e que encobre a transgressão do outro confiando em Deus; e crendo que o Caminho Dele é sempre o melhor.
Cada vez mais quem desejar servir a Deus com sinceridade e genuinidade terá que desenvolver o controle da língua em seus relacionamentos.
Uma bobagem dita pode gerar um inferno de incompreensões.
É um ciúme. Uma energia ruim. Um gesto agressivo. Uma palavra dura. Um olhar intensamente agressivo. Uma atitude estabanada ou atropelante… Um olhar distraído. Enfim, qualquer coisa… — e o mal se instala; e, depois disso, dissolve-lo somente com muita paciência e tempo.
Quero aprender com a paciência e a confiança de Jesus. Sim! Pois somente quem confia em Deus mesmo é que aprende a ficar em silêncio e a controlar a língua, mesmo quando ela teria coisas verdadeiras a dizer.
Afinal, a única verdade que importa é a que é dita com amor e sabedoria, pois, sem esses dois, toda verdade fica corrompida pelo meio: a atitude, a língua, a energia de palavras, ou as agressividades.
Jesus também disse que de toda a palavra frívola dita por nós hoje, dela prestaremos conta no dia do juízo.
Os cristãos, entretanto, preferem vigiar o vizinho o invés de a si mesmos; e, em si mesmo, com prioridade absoluta, vigiar a língua.
Quem aprende a controlar a sua língua controlará também a sua ira e o seu espírito de juízo, sem falar que adquirirá amor e sabedoria.
Você quer ser sábio?
Lição número um:
Controle a sua língua, e, assim, adquira amor e sabedoria, pois aquele que controla a sua língua se tornará mestre de suas emoções e de seu coração.
Assim se adentra a senda do Varão Perfeito.
Pense nisto; mas ponha em prática!
Nele,
Caio
Seis de agosto de 2008
Lago Norte
Brasília
DF