CARREGANDO

Digite sua busca

Como viver a vontade de Deus? – Resposta aos eternos questionadores.

Compartilhar

“As pessoas ficam a vida toda pedindo que Deus mostre e faça a Sua vontade em suas vidas! […] Deus nos deu vontade. […] Não se vê Jesus carregando pessoas. Vê-se Jesus curando pessoas e pondo-as para andar. Mas tem gente que não quer ser curada; e se Jesus lhes disser que estão curadas, e que, portanto, andem, ainda assim dirão: “Senhor, me leva no colo; pois eu não consigo”.

Caminho do Discípulo

USE SUA PRÓPRIA VONTADE…

O ensino acerca de Deus como milagreiro e do encontro com Deus como emoção e pirotecnia, tem feito com que quase ninguém mais ache que a sua própria vontade, sua volição, sua decisão, seu querer contra o desejo — tenha o poder de fazer o que Deus manda que seja feito por nós, para o nosso bem, com ou sem emoção.

Assim as pessoas ficam a vida toda pedindo que Deus mostre e faça a Sua vontade em suas vidas!…

Sim, espera-se que Ele mostre Sua vontade [a qual já está revelada; e, por isto, não se precisa perguntar qual seja, e sim apenas realizá-la como bem para nós]; e, também que nos dê um poder sobrenatural [e que nem mesmo seja nosso ou requeira nós participação] — do contrário nenhum de nós se dispõe a levantar, tomar o leito e andar…

Se fosse com os aleijados de hoje Jesus teria que levantar o individuo e forçá-lo a caminhar; pois, sem uma mão de Deus não adianta o mandamento de Deus!

Entretanto, há um poder de vontade no homem que precisa ser exercido até ao seu limite, a fim de que o poder de Deus se manifeste em nós — isto quando nosso poder de vontade e prática se direcionam para a realização da vontade já revelada de Deus como mandamento.

Deus opera em nós o querer e o realizar segundo a sua vontade que opera em nós. Mas é em nós que o poder opera. Portanto, é de nós que deve proceder o exercício de tal vontade de Deus.

Sim, tal poder opera em nós como vontade de Deus engendrada em nós.

Todavia, a vontade de Deus não tem que ser emocionante para ser obedecida.

A emoção de Abraão levando Isaque para o Moriá não era romântica em nada…

Jesus disse:

Se sabeis estas cosias…, bem-aventurados sois se as praticardes”.

Não se vê Jesus carregando pessoas. Vê-se Jesus curando pessoas e pondo-as para andar.

Mas tem gente que não quer ser curada; e se Jesus lhes disser que estão curadas, e que, portanto, andem, ainda assim dirão: “Senhor, me leva no colo; pois eu não consigo”.

 Deus nos deu vontade.

Deus nos deu poder.

Deus nos assiste com o poder da fé.

Mas o homem tem que andar… Tem que se levantar… Tem que querer ser curado para usufruir o poder de Deus como cura.

O ensino do Evangelho impõe que o homem use todos os seus recursos na decisão de fazer a vontade revelada de Deus; seja ela qual for… E se algo me for maior, então, devo saber que terei sempre o poder me transcende, mas, para isto, devo antes ter me posto a caminho, com as forças que me facultarem o ato consciente de obedecer.

Pense nisso!

Nele,

Caio

26 de julho de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

……

Leitura complementar:

DEUS, REVELA-ME A TUA CAUSA!

Qual é a causa de Deus?

Pergunto isto porque vejo que há pessoas que parecem ter certeza sobre a “causa” de Deus, assim como um homem politicamente fanático parece saber qual é a causa pela qual sua ideologia existe.

Se Deus tivesse uma causa Deus deixaria de ser Deus, pois qualquer coisa que fosse a Causa de Deus, tornaria Deus seu próprio efeito.

Assim, Deus não tem causa-causal e nem causa-final.

Há muitos, todavia, que nos falam sobre a “causa de Deus” e nos dizem que vivem para servir a tal causa.

Houve um tempo em que eu achei que poderia mapear as causas de Deus na Terra. Hoje, entretanto, não tenho mais tal pretensão.

Para tais pessoas, com as pretensões que um dia eu tive, Deus tem uma causa muito parecida com aquilo que a palavra “causa” significa para um ser humano que existe para um propósito.

Se assim fosse, teríamos que perguntar a Deus: Senhor, para que existes?

Quem assim entende, pensa que Deus advoga certas causas como um ser humano as advoga; e que Ele está disposto a se considerar vencedor se os resultados forem mensuráveis do mesmo modo como os homens medem suas conquistas.

Quem pensa assim acredita que Deus fará qualquer coisa para “ajudar”—digo, no sentido humano da palavra “ajuda”—aqueles que servem a causa divina.

Quando a gente pensa com tais categorias, Deus ganha um significado muito pequeno, pois, de fato, fica nas mãos dos homens, e tem Sua causa em total dependência de Seus agentes humanos.

Não, amados amigos! Deus não tem uma causa que seja mensurável, nem tem conquistas a serem ganhas por nós!

Deus não tem causa porque Deus não tem um igual. Para Ele tudo o que seja digno de uma causa, é NADA, visto que para Ele em um instante tudo pode virar coisa nenhuma.

O desejo de servir a Deus não é algo que possa ser visto como uma ajuda a Deus, mas a mim mesmo, ainda que isto me ponha na mais difícil e doce de todas as situações.

Desse modo, se alguém deseja servir a causa de Deus deve saber que isto implicará, sobretudo, em Exame.

Quando eu me ofereço para servir à causa de Deus, de fato o que estou fazendo, mesmo sem saber, é me voluntariar para viver sob o exame divino. A causa de Deus é meu coração, não o de meu próximo, nem as conquistas da igreja.

Desse modo, quanto mais me ofereço para a causa de Deus, mas me ofereço para ser escrutinado pelos Seus olhos. Isto porque Deus não tem causas temporais, e nem tem em Sua causa algo que se relacione ao que os homens chamam de causas.

Deus pode cuidar de qualquer que seja a Sua causa por conta própria. Eu é que me torno não uma causa, mas um Caso para Deus quando penso que sou o defensor da causa de Deus.

O simples fato de Deus permitir que o homem perverso tenha seu próprio caminho neste mundo, já revela que Sua causa é revestida de outras Majestades, que não são as nossas.

Desse modo, tenho que saber que não sei qual é a causa de Deus, pois se a causa Dele fosse como a minha, certamente os meus inimigos já não andariam na terra.

O simples fato de Deus ser Deus e os homens serem como são, já revela que a causa de Deus não está disponível aos sentidos, pois se fosse o caso, por amor à Sua causa Ele já teria acabado com todas as coisas.

A grande punição do perverso é que Deus não o vê; e passa por sobre ele, sem fazer dele e Sua causa.

Todavia, sem fazer esforços como os nossos, e andando sem causa, Deus acaba por realizar a Sua vontade, ainda que ninguém saiba como.

Jesus disse que a causa de Deus era que fosse feita a Sua vontade. Todavia, Ele não exacerba poderes a fim de realizar o que deseja. Sim, Ele não transforma pedras em pães, e nem faz a água do poço de Jacó subir contra a gravidade a fim de matar a sede do filho de Deus ao meio dia (João 4).

Assim, a “passividade” de Deus ante aquilo que dizemos ser “Sua causa”, é o que mais choca a nós e ao mundo.

O mundo não entende, nem a igreja, que Deus não age como age o homem; e nem chama de poder aquilo que nós chamamos de poder; além disso, Sua vitória nada tem a ver com as nossas conquistas.

Ora, Deus é espírito; daí Sua causa se focar na construção de um mundo invisível, por mais inseguros que fiquemos.

Quando Ele diz que o reino não vem com visível aparência, e que se instala em nós, Ele chama sua causa para dentro de mim; não como se eu fosse a causa para Deus, mas apenas como quem é o Caso de Deus.

Deus não tem causa senão aquela que faz de mim a razão de ser de minha própria missão, que é tornar-me eu mesmo, conforme a Sua imagem.

Pobre daquele que pensa que sua missão é em algum lugar que não seja o seu próprio coração.

Desse modo, os que entenderam a causa de Deus são aqueles que se ofereceram como chão para que a vontade de Deus seja plantada.

Todo aquele que pensa na causa de Deus como algo a ser construído fora, perde o significado de si mesmo, ainda que diga que vive para a “causa de Deus”; visto que minha missão no mundo é a missão de quem se sabe como sendo o grande ser-lugar onde a missão acontece.

A causa de Deus é fazer em mim e de mim alguém que seja conforme a imagem de Seu filho.

No fim, temos que admitir, como fizemos no início, que a palavra “causa” é uma violência quando usada em relação a Deus; afinal, Deus não tem uma causa para ser defendida; mas apenas uma causa para ser vivida, e que não é a construção de uma torre, mas a transformação da consciência de um homem.

A causa de Deus—se assim eu puder agredi-Lo com tão inapropriado termo—é a Consciência; pois todas as coisas existem por amor de nós; logo, todas elas existem para emular nossas consciências.

Quando todas as coisas couberem na consciência, então, saberemos que Deus nunca teve causa, mas apenas a causa de nos fazer ver que não há causa. Nesse dia a verdade surge, e a gratidão passa ser o sentido da vida.

Caio

….

Leitura complementar:

CORAGEM PARA DECIDIR

Existe alguma coisa nesta vida que nos faça pouco a pouco esquecer tudo o que é bom?

E será o caso disso poder acontecer a alguém que um dia tenha ouvido o chamado da eternidade clara e fortemente?

Se tal coisa puder acontecer, então, tem-se que buscar uma cura para este mal.

Louvado seja Deus que há cura para este mal!

A cura é o caminho da verdadeira fé, que é também sinônimo de de-cisão. Isto porque a de-cisão nos une ao eterno na medida em que seja um ato do espírito e não do instinto.

Sim, a de-cisão trás o eterno para dentro do tempo, e intervém em nossas pequeninas mortes, e que chamamos de vida.

É a de-cisão que nos desperta do estado letárgico no qual nossas existências acontecem, em profunda monotonia, e nos faz divisar a glória de ser em Deus.

Sim, de-cisões têm o poder de nos livrar da mágica e da feitiçaria dos costumes e das letárgicas repetições de uma existência vazia.

É também ela quem nos liberta do poder dos pensamentos que cansam a alma, e a tornam cativa de pequenas e inúteis coisas e valores.

As bênçãos da de-cisão alcançam a todos aqueles que, por mais fracos que estejam, iniciam no caminho da perseverança.

A de-cisão acorda o eterno em nós, visto que privilegia o que pesa para a eternidade.

Ora, você pode dizer que isto é simples, e que isto tem a ver apenas com algo que acontece num “instante”; portanto, algo “quase mágico” também; como se tão simples quanto dizer : “Faça uma de-cisão e tudo ficará bem”.

Não se trata de algo como se alguém se lançasse às águas do oceano crendo no favor das correntes submarinas; ou, na vitória contra elas, se fosse o caso. Mas não é assim… De-cisão não é suicídio, é vida; embora, muitas vezes, ela tenha cara de morte para quem a olha sem fé.

Tomar a de-cisão é algo freqüentemente muito perigoso…

Antes de se saber andar tem-se que aprender a engatinhar. Tentar andar assim que se desperta do estado intra-uterino é impossível.

Ninguém nasce pronto para a De-cisão, embora se nasça com a necessidade de decidir.

Tem-se que crescer para se tomar a de-cisão; e isto só é possível porque já existe em nós esse desejo intrínseco de decidir.

Por esta razão não “projete” as suas de-cisões de modo elevado demais, pois, de fato, isto pode ser frustrante…se você ainda estiver engatinhando. Tem-se que crescer na prática das de-cisões.

Afinal, o caminho para a De-cisão começa com a “decisão de começar” onde se está na existência; e não num lugar “projetado”; e que nada tenha a ver com o nosso próprio momento-lugar na existência.

É como uma decisão que todas as coisas começam.

Sem decisão é impossível agradar a Deus!

Caio

Escrito em 27/4/04

O Caminho do Discípulo.

Com 60 palestras proferidas semanalmente, este curso é um derrame de meu amor, da minha fé e da consciência pessoal do significado do Evangelho para a vida humana.

Caio Fábio Exclusivo tem vários cursos exclusivos para você formar sua consciência no Evangelho puro e simples de Jesus!

Uma oportunidade para você se desintoxicar das religiosidades vazias e das teologias complexas que apenas prejudicam o entendimento simples do Evangelho.

“Jesus é a chave para interpretar a vida e a Bíblia!”

Caio Fábio
Tags:

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Seu email não será divulgado. Campos obrigatórios são marcados com *