Deus não tem como julgar o homem sem aniquilar o homem. Deus não tem como julgar, quem quer que seja, sem que a expressão do absoluto descontentamento não dissolva o sujeito do descontentamento.
O Apocalipse é um livro de ciclos. Isso ainda não está claro para muitas pessoas. Quando você lê o Apocalipse, a começar, por exemplo, dos cavaleiros do Apocalipse, é óbvio que se está falando de fenomenologia histórica, cíclica.
O Apocalipse é um livro que cresce em uma espiral crescente. Ele começa no Império Romano e a ambientação dele é toda em Roma, termina em Roma e o juízo final dele é em Roma.
Só que Roma, é só uma maquete, um arquétipo do Apocalipse que continuava para além do cenário romano, crescendo como um espiral, até chegar ao clímax. Ele sempre repete de maneira aumentada os ciclos passados; e todos esses ciclos, são produzidos pelo homem, na relação de uns com outros, relação com a natureza.
No Apocalipse, oitenta por cento das calamidades, são aquelas produzidas pelo homem. Cavalo branco, que é a hegemonia. Não confundam com cavalo lá de trás do Apocalipse, que vem tinto de sangue com uma faixa escrita: Verbo de Deus. Aquele ali é arquetipia de Cristo, mas, o de Apocalipse 6, não, é fenomenologia histórica, é o cavalo que vem com a hegemonia, pax romana, ele estava se referindo de maneira imediata a Roma.
Antes de Roma ele estava se referindo a Alexandre, O Grande. Se referindo a Xerxes, antes de Xerxes, a Nabucodonosor, ou a qualquer outro. Todos chegam querendo impor a sua pax egípcia, pax persa, pax romana, qualquer uma, querem estabelecer seu status, hegemonia, dominação.
O que isso produz? Cavalo vermelho, guerra. O que o cavalo vermelho produz? Crise econômica, fome, balança, oferta caríssima, procura desesperada, produtos em falta. É o que o terceiro cavalo simboliza e ele é seguido pela morte, pelo cavalo da morte, o baio. Por quê? Porque hegemonia produz guerra, guerra produz crise econômica e crise econômica com guerra e hegemonia, produz morte.
O que acontece? As almas debaixo do altar, clamando: “Até quando Senhor Deus?” Que imagem poderosa do inconsciente coletivo da humanidade, da medida da iniquidade clamando por reviravoltas na terra e começam os ciclos.
Os homens fazem todas essas maldades, os homens poluem mares, os homens arruinam a natureza. O Apocalipse é também um tratado de um meio ambiente implacável. No fim você vê que as duas grandes calamidades do Apocalipse são: Do homem contra o homem e do homem contra a natureza e a natureza revoltada contra a intervenção do homem.
O homem tentando controlar todos os homens hegemonicamente. O que a besta que emerge do mar faz? O quê que a grande Babilônia faz? Hegemonia, controle. E a natureza se revoltando contra todas essas ações perversas.
Só que a linguagem do Apocalipse é simbólica. Caiu uma estrela que envenenou os mares. Caiu uma coisa que vinha cheia de veneno de absinto, que envenenou as águas das fontes, dos rios. Isto está descrevendo a maior e mais brutal de todas as crises ecológicas, mas, não é a vingança de Deus. Quando Deus se vinga de alguma coisa? O suspiro da tristeza d’Ele já nos consome.
O homem que é o juiz, a sentença, a desgraça, que é o carcereiro e que é o réu de si mesmo. Nós somos a nossa própria miséria.
O Apocalipse termina com misericórdia, uma cidade santa, onde todos os povos da terra entram, todos, todas as culturas, todas as nações, cristãos e não cristãos, podem entrar lá.
Há porta aberta para todos os lugares. E no fim, o diabo, falso profeta, tudo isso, são extintos, deixam de existir no lago de fogo.
Leio o Apocalipse e penso: Que bom que tudo isso termina sem perversidade. Haverá uma hora em que a idiotice será salva pela sanidade e todo mal cairá em extinção e aqueles que amam a consciência, o bem e o amor, terão acesso à cidade ressurreta, glorificada, a sociedade transcósmica dos filhos de Deus.
Assim termina o Apocalipse!
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Caio Fábio